Mente em ebulição, idéias que não param de eclodir ao aquecimento do longo dia. Dia agitado como o fogo instável que aqueceu a mente e queimou as energias. O corpo e a mente travam uma batalha. Os olhos pesam e o corpo acredita triunfar, mas o apagar das luzes abrem espaço para a mente trabalhar.
Nada que impeça de criar, bradar, gritar, lembrar, tornar imagem tudo que a chama do dia fez assar. O silêncio é mágico no momento, pois o trapézio do de Assis é usado no saltitar das idéias, e a expectativa pelo espetáculo saciar com os malabarismos esperados, na fila do banco, do ônibus, da padaria, do almoço.
Oh! Dia que traz anseio do parar, do pensar.
E no fim do dia arruído o que sobra é a mesma briga de ontem e a mesma de amanhã.
E no fim dessas linhas é deitar e esperar a água esfriar.