blablalblabialkfjasldkf

;kals;kdfj;asjf;lakjsdfka

TENTEI TORCER…NÃO CONSEGUI….




Comprei uma linda camisa e esperava, em algum momento, ser tomada por esse sentimento que nos congrega _ a melhor parte da Copa para mim. Esses dias, em conversa com um historiador da USP ele lembrava dessa sensação que nos acontece em poucos momentos da vida social, a de estarmos integrados. Cada bandeira na rua, a ausência da timidez em abordar e brincar com o outro, nos oferecia uma irmandade…. Mas, porque esse sentimento não me atingiu?…Acho que uma série de artifícios nos atravessaram: a Fifa, suas regras e mesmo a abertura do evento é um sintoma visual dessa nova “colonização”…Não me sinto representada naquela colagem mal feita de estereótipos. Mas, minha vergonha não se limita a essa imagem, quase infantil, do Brasil. Tenho vergonha dos nossos políticos, dos magistrados (que forçaram a aposentadoria do único Ministro que tentou fazer de fato o seu trabalho). Tenho vergonha do uso político da Copa. Em ter o futebol como prioridade _ sou mais da turma que prefere escolas e hospitais. Que prefere menos a corrupção e mais transparência. Mas, não deixei de me sensibilizar com os brasileiros que tentam torcer e se congregar para além dos artificialismo que se impuseram e que estão sendo, pela primeira vez, desvelados cruelmente. Me impressiona sobretudo a capacidade reflexiva dos brasileiros na crítica da Copa como uma forma moderna do “pão e circo” e me orgulho da tomada de consciência, ainda que tardia _ já que devíamos não ter querido a Copa quando Lula manobrava para consegui-la. Dilma recebeu o ônus do que foi um dia os louros do seu antecessor. E nós estamos diante do desafio de ter a maturidade de separa o joio do trigo…não acho que cabe vaiar a presidenta da república no estádio, nem mesmo quebrar a cidade como protesto. Há de se saber protestar e de mudar o país de forma definitiva. Aconselho seguirem a nova iniciativa do movimento que emplacou o Ficha Limpa e agora tenta vingar uma reforma política #eleiçõeslimpas, organizado por Márlon Reis. Não é quebrando a cidade que demonstraremos a nossa vontade de mudar e as novas prioridades do país, mas criando mecanismos legais que impeçam a corrupção e nos permitam participar do processo político através de formas de representação semi-direta via Leis de Iniciativa Popular, Referendos e Plebiscitos. Teria sido uma boa ideia Lula ter nos perguntado o que queríamos: a Copa ou as Escolas, não acham?

Nem dormi

Acabo de acordar
parece que nem dormi
o último pensamento de ontem
foi o primeiro de hoje
VOCÊ

Luz e Sorriso, Olhar e Frescor

Achei que a chuva não viria
o cheiro da terra molhada
meu olfato não sentiria

perdi sensibilidade
minhas idéias
não brotaram

mas bastou este olhar
para refrescar

bastou um sorriso de luz
para alimentar

e uma plantação de idéias
voltar a brotar

O mineirão ficou vermelho



Ganhar uma Libertadores não é uma tarefa fácil, isso pode confirmar qualquer time que já ganhou. Só de chegar a jogar o time já deve se considerar vitorioso.

Ganhar um campeonato regional e depois ganhar a Copa do Brasil, ou então jogar o campeonato mais disputado do mundo e ficar entre os quatro primeiros. Isso representa o quão árduo é o caminho. Depois para se consagrar campeão da América Latina é preciso ainda passar por vários times tão bons quanto, que passaram pela mesma trajetória até chegar ali.

Em uma final ambos podem se considerar vencedores, os dois times poderão ser considerados iguais, mas apenas aquele que estiver melhor exatamente no dia da final poderá sair campeão.

Uma final de Libertadores é momento único, por toda trajetória até ali, apenas aquele que tiver na mente que dará o próprio sangue para vencer sairá vitorioso. É garra, vontade, é uma batalha.

Estudiantes não jogou para esperar um erro do Cruzeiro, jogou para forçar o erro. Não se intimidou com a casa do adversário, marcou bem e soube anular o outro time, que sim, ficou intimidado.

A vantagem da torcida era do Cruzeiro que poderia ter colocado 200 mil no Mineirão se pudesse, mas 200 mil teriam que encarar o mesmo resultado. Invariavelmente o que faltou não foi torcida, talento também não faltou, pois o time chegou como favorito. Faltou um time sólido, com mais experiência e com a cabeça no lugar.

Não se pode ignorar alguns fatores técnicos também. Uma boa guarnição nas laterais, faltou, principalmente a esquerda, aliás isso falta a muito tempo. Os laterais cruzeirenses atacam muito, mas se perdida a bola a defesa fica desprevenida. Faltou um articulador também, apenas Marquinhos Paraná estava fazendo bem a função.

É necessário assumir os erros para não voltar a repeti-los e infelizmente afirmar que o Estudiantes foi mais time, não jogou maravilhosamente, mas soube com garra anular o time do Cruzeiro e aproveitar as poucas chances de gol. O título é merecido principalmente quando se ganhou o jogo mais importante, a final.

Choque de mundos


Do nada lhe bateu uma agonia, Juan, não sabia por que, mas sentia algo ruim sobre o mundo naquele dia. Seu companheiro no serviço sentia que ele não estava bem durante o almoço, lhe perguntou o que afligia a sua mente. Deu de “João sem braço” e fingiu que estava bem. A agonia apenas aumentava, porque ele não sabia responder a pergunta.
Ele remexia a mente e não encontrava uma resposta especifica do motivo do teu tormento, mas encontrava nele uma pessoa que jamais havia percebido. Olhando no espelho de sua cabeça começou a ver uma pessoa insatisfeita com a maioria das coisas que giravam em torno dele. Sentia-se pequeno, fraco, sem poder para mudar a sua vida.
Voltando ao trabalho após o almoço naquele dia, ainda envolto na nuvem de incertezas, sentou-se tranquilamente em sua cadeira e voltava aos seus afazeres, quando um barulho de vidro quebrando, quebrou o silêncio e a concentração. Havia vozes gritando e imaginou que seriam dois bêbados discutindo na rua. Foi até a janela onde já encontravam outros curiosos de seu trabalho, quando olhou ficou surpreso. Um mendigo segurando um casco de cerveja quebrado. Bradava indignado com alguém da empresa. A empresa era separada da rua por uma grade, e naquele momento um homem gritava com outro pelo lado de fora com um caco de vidro na mão. Dizia:

_Vem aqui fora. Quero ver se você é homem. Ai dentro você é homem...

Quem via sem entender o contexto da situação logo pensava:

_Precisamos chamar a polícia, o homem parece estar louco.

Mas era preciso um pouco mais de observação para qualquer atitude. Ainda mais porque em alguns segundos alguém que também estava na janela deu a explicação.

_Este homem estava cagando ali no passeio, ai eu comentei com o pessoal. Não sei o que deu no Carlos que ele foi lá fora e gritou com o cara. Agora esse mendigo ta lá puto com ele.

Juan e todos ali observando começaram a escutar de verdade o que o mendigo dizia:

_Você, playboy, é graduado em sei lá o que. É pós-graduado em não sei o que. Devia ter vergonha do que fez. Devia saber que dessa grade aqui pra fora é diferente, diploma não ajuda a sobreviver. Você não conhece o que é viver na rua. Se você estivesse aqui no meu lugar não duraria um segundo.

Engraçado que ao ver aquilo, Juan sabia que o mendigo falava para o Carlos, mas ele sentia que aquilo era direcionado para ele. Alguém do seu lado então falou:

_Pior que o que ele está falando é verdade.

Todos ali então se entre olharam, calaram-se e voltaram ao trabalho.
Juan se sentiu pior ainda no resto da tarde.

Vidraça

Olho a vidraça
nela vejo os teus olhos
pegando fogo dentro de mim
mas é o reflexo da vidraça
da minha ilusão
da janela do meu quarto vazio
mudo
de seu silêncio que deixa o vazio cheio da elegância que me faz olhar a vidraça
nela vejo os teus olhos
pegando fogo dentro de mim
mas é o reflexo da .vidraça
da minha ilusão
da janela do meu quarto vazio
mudo
de seu silêncio que deixa o vazio cheio da elegância que me faz olhar a vidraça
nela vejo os teus olhos
pegando fogo dentro de mim
mas é o reflexo da vidraça da minha ilusão
da janela do meu quarto vazio
mudo
de seu silêncio que deixa o vazio cheio da elegância que me faz olhar a vidraça
nela...
e não me canso...